terça-feira, 31 de janeiro de 2017

PUBLICAÇÃO DIÁRIO DA MANHÃ 05/2017 / VOAR

VOAR...

Eu quero sempre poder voar
Nas asas de meus pensamentos,
Trazendo para junto de mim
Lembranças de um tempo feliz.
Não vou chorar de tristeza.
Vou rever com saudade
As faces de amores meus
Que me deram muito amor
Felicidade e plenitude
Que me preenche até o reencontro.

Isabel C S Vargas

Publicado no Diário da Manhã/Pelotas/RS/Brasil
Data:2017.01.31/Terça-Feira/Página19


domingo, 29 de janeiro de 2017

TERTÚLIA POÉTICA 7 / EDIÇÃO 74/ DEZEMBRO 2016/TEMA NATAL E ANO NOVO/UMA ÁRVORE REPLETA DE SIGNIFICADOS

TERTÚLIA POÉTICA NATAL E ANO NOVO 2016/UMA ÁRVORE REPLETA DE SIGNIFICADOS.

Vou montar minha árvore de Natal.
Para que, diriam alguns e eu também,
Em anos anteriores a este,
Se não passo o Natal em casa,
Mas com minhas filhas.
Vou armar para Jesus
Mostrando em cada enfeite,
Meu agradecimento eterno
Por todas as coisas boas da vida.
Agradecerei por minha família,
A saúde de cada um deles,
Meus amigos que me apoiam.
Louvarei a vida em cada sorriso das crianças
 Cujos traços lembram os que já partiram
Mostrando a bondade divina.
Colocarei enfeites coloridos,
Lembrando os sonhos que se realizaram,
Bonecos que já fizeram a alegria de quem foi criança,
Nuvens de algodão que simbolizam os sonhos
Sonhados pelas nossas crianças,
Animais para mostrar a importância de todos os seres,
Músicas que chegarão ao céu,
 E mostrarão aos que lá estão
Que somos abençoados,
 Nos mantemos fortes, 
Unidos pela fé, que nos abastece
E unirá nossos corações
Embora estejamos em dimensões diferentes.

Isabel C S Vargas
Pelotas/RS/Brasil






TERTÚLIA POÉTICA 7/ EDIÇÃO 74 DEZEMBRO 2016/TEMA NATAL E ANO NOVO/CRÔNICA DE NATAL



TERTÚLIA POÉTICA NATAL E ANO NOVO 2016/CRÔNICA DE NATAL

O Natal ao longo da vida vai tendo significados diferentes, de acordo com a nossa fase ou idade.
De minha infância não tenho muitas lembranças da data em si, mas recordo dos brinquedos que tinha, do carinho de meus padrinhos e primos comigo.
Quando na adolescência, tinha consciência das dificuldades financeiras e de que na data teríamos uma pequena lembrança, meus irmãos e eu.
Não me detinha na parte religiosa da festa.
A noite de Natal era sempre um momento da família. Quando comecei a namorar meu marido, juntávamos todos na casa de meus sogros. Nesta época ia na missa na noite de Natal bem como depois de casada e com filhos.
O momento de troca de presentes era o auge da festa, pois procurei compensar com
meus filhos tudo que me faltou no que se refere a brinquedos e ao consumo em geral.
Passaram-se os anos e comecei, sem saber precisar a época exata, a ter um sentimento diferente com relação à data. Sentia-me insatisfeita, achando tudo uma coisa muito comercial.
No ano de 2007 decidi não comprar presentes para ninguém. Queria fazer uma experiência e provar que poderíamos ser felizes sem presentes, sem gastos enormes.
Uns dez dias antes do Natal fui em uma confraternização com umas amigas e não levei presentes. Para ser sincera, nem me dei conta de levar. Pensava ser mais um encontro.
Ganhei presentes de todas. Fiquei meio encabulada.  Externei meu pensamento sobre o que pretendia fazer na família.  Uma delas me disse: - Não faça isso. Vais te arrepender. A verdade é que no dia seguinte saí a comprar presentes para todos, já que ela dizia me conhecer muito bem. E, na realidade conhece, mas naquela ocasião devia ter ouvido minha intuição ou sexto sentido pois foi um natal de muita dor. Dia 24 por volta das 23 horas, minha mãe morria em uma uti de hospital vítima de um infarto que sofrera na noite anterior. Os presentes, só foram entregues meses depois.
Depois deste NATAL outro pior foi o primeiro, após o falecimento de meu filho.
Pensei que o mundo havia acabado para mim, mas encontramos força, nos erguemos e seguimos em frente para cumprir a missão a nós destinada.
Moro sozinha, mas não sou só. Tenho minhas filhas e meus netos que nasceram depois dos acontecimentos dolorosos relatados acima, mas não sem antes ter outra dura provação, a perda de meu marido com uma doença contraída após a morte de meu filho.
Hoje tenho cinco netos e por eles comemoramos o Natal com alegria, unidos, com fé que nossos entes queridos vivem em outro plano e um dia nos encontraremos.  Celebramos o amor em Cristo que veio pregar a paz e a grandeza dos homens e da natureza.
A esperança é nossa companheira, cientes que nada morre, tudo se transforma, conforme os ciclos da natureza.
                       Morrer é renascer para a vida eterna.
                           Isabel C S Vargas
                           Pelotas/RS/Brasil


TERTÚLIA POÉTICA 7/ EDIÇÃO 74 /DEZEMBRO 2016/ TEMA NATAL E ANO NOVO/SIMPLICIDADE

TERTÚLIA POÉTICA NATAL E ANO NOVO 2016/SIMPLICIDADE

É tempo de espera. Que se aproveite este tempo para reflexão e preparação para o Natal. Em uma época de consumo desenfreado é importante não se distanciar da realidade nem do verdadeiro significado da época.
            Além do apelo ao consumo, há um forte apelo, quase uma imposição de que seja uma época de festa, de alegria e de abundância para todos. Nem todo mundo consegue estar com este ânimo e corresponder ao esperado, por inúmeras circunstâncias. Há que se pensar também o que realmente é importante para cada indivíduo, pois a felicidade pode ter diferentes significados.
            Quando o ano aproxima-se do final é comum fazer um balanço do que transcorreu, assim explica-se o porquê da melancolia de alguns, pelas perdas sofridas, lembranças tristes, pela não superação de obstáculos que surgiram por não realizar planos previamente traçados, por expectativas com relação ao futuro.
            Faz-se necessário respeitar o sentimento de cada um e procurar auxiliar, se possível for e esperar que o tempo passe. A exigência de consumo, de alegria e de festa pode tornar as pessoas mais frustradas por não conseguirem corresponder.
            Em contrapartida é difícil para outros aceitarem que a época pode ser de simplicidade e não de luxo, de gastos excessivos e presentes caros. Desfrutar da presença de familiares, de momentos de tranquilidade, união, paz de espírito, tão em falta nos dias de hoje é por si só um bom presente, assim como rever pessoas queridas , comemorar o fato de ter uma família, um lar, saúde, alimento, conforto, emprego, amigos é uma boa justificativa para se sentir muito bem não só na época de Natal e entrar o novo ano agradecido e com esperança.
Este tipo de postura ou de leitura da própria vida serve para fortalecer espiritualmente,assim evitando só lamentar o que não tem, procurando encarar de maneira positiva a realidade.
            Como se encerra o período letivo, o que dá ideia de fechamento de um ciclo, pelo verão que chega e para muitos é sinônimo de festa, alegria, descontração e liberdade isto tudo induz à ideia de recomeço, de renovação, de esperança no novo, de mudança para melhor e expectativa de felicidade. Pois que cada um procure ser, a seu modo, porém respeitando o jeito e os sentimentos alheios, além de não esquecer as precauções sempre necessárias, como evitar excessos no consumo de bens em geral, na ingestão de bebida alcoólica, no transito e até na alimentação. Moderação e equilíbrio são importantes e não fazem mal.
            Que não esqueçamos de renovar em nós os melhores sentimentos, como a paciência, a tolerância, generosidade, solidariedade, fraternidade, gratidão e muito amor. Nesta partilha são afastados sentimentos negativos, tais como ciúme, inveja, tristeza, rancor, mágoa, pois há despojamento do supérfluo e abertura para o que é essencial e verdadeiro, oportunizando uma troca muito positiva, que acolhe o outro com intuito de proporcionar o melhor para cada um.
ISABEL C S VARGAS
PELOTAS/RS/BRASIL