quarta-feira, 25 de julho de 2018

MEU TEXTO NA REVISTA LITERALIVRE 10ª EDIÇÃO




TERCEIRA IDADE:EDUCAÇÃO E CULTURA NA DIVERSIDADE


Quando se fala no assunto referente à educação para esta faixa etária, em um primeiro momento o que as pessoas são levadas a pensar é na escolaridade nos moldes da educação regular, até porque em decorrência do Estatuto do Idoso foram criadas as Universidades para a Terceira Idade. Não é e errado assim pensar, porque o idoso pode recomeçar ou se reciclar. 


Ao falarmos em educação associada ao envelhecimento o fazemos considerando que a população idosa hoje é bem maior que na década anterior, assim como a expectativa de vida. Outro dado é que o comportamento do idoso da atualidade é bem diferente dos idosos de outras décadas. Como as pessoas deverão viver mais, então que vivam melhor, com mais qualidade de vida, mais prazer, que se permitam realizar sonhos outrora não realizados, que desenvolvam potencialidades ou habilidades que por qualquer motivo tenham ficado em segundo plano ou esquecidas. 


Aqueles que nunca freqüentaram os bancos escolares poderão fazê-lo hoje através de grupos específicos, criados para este fim. 


O indivíduo não é um ser acabado, devendo procurar se aprimorar sempre. È natural que na terceira idade prossiga neste processo de crescimento, inserindo-se em diversos grupos, ao invés de isolar-se, deprimir-se e/ou viver à margem das inovações. 


A educação na terceira idade pode estar ligada a um processo informal de aquisição de conhecimento, de desenvolvimento de habilidades, ou de contato com novas tecnologias que podem facilitar a vida de cada um. 


A educação informal pode ocorrer por meio da leitura, de palestras, de viagens, visitas a museus, exposições,filmes, concertos, participação em grupos de interesses diversos, de aprofundamento da espiritualidade e da religiosidade, de aprendizado sobre o processo de envelhecimento, o que facilitará a compreensão e aceitação desta nova etapa da vida. Também pela convivência e troca com pessoas de outras gerações, pela curiosidade em desvendar as novas tecnologias como uso de telefone celular, manuseio de eletrônicos e eletrodomésticos, objetos estes que outrora eram raridade e que ao dominar o funcionamento estará se permitindo experimentar novas oportunidades de aprendizado, de lazer, entretenimento, possibilitando manter diálogo a respeito destas novas experiências, o que sem dúvida favorece e enriquece o relacionamento interpessoal. 


A educação e o aprimoramento na terceira idade devem visar aspectos relativos ao melhor relacionamento, maior inserção social, elevação da auto-estima, desenvolvimento de habilidades que proporcionem prazer, alegria de viver, facilidade de entendimento do mundo atual, não vivendo só do passado. 


As atividades voluntárias propiciam crescimento pessoal, e é importante o seu desenvolvimento, em especial nesta época da vida, que vão auxiliar para que a etapa de envelhecimento não se caracterize só por perdas, mas por incontáveis aspectos positivos para as partes envolvidas. 


Há um mundo novo a ser descoberto, desde que cada um se disponha a nele entrar, para os mistérios desvendar superando dificuldades, barreiras interiores e preconceitos. 


Isabel C S Vargas
PELOTAS/RS/BRASIL

REVISTA LITERALIVRE /10ª EDIÇÃO




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domingo, 22 de julho de 2018

TEXTO 56/2018/UM NOVO TEMPO/CONTO



                                      

                                               UM NOVO TEMPO


Ela está na terceira idade. Sempre foi uma pessoa de riso fácil. Opção pela alegria e simpatia. Nunca foi fútil. Enfrentou agruras na infância, na adolescência. Sua única opção era estudar. Estudar, confiar em si, buscar novos caminhos para oportunizar vida melhor aos pais.
Relembrando o passado poderia dizer que foi bem-sucedida. Nível superior, respeitada no trabalho, conseguiu adquirir imóvel próprio na cidade e na praia, educou 4 filhos, ajudou os pais, irmão, viveu para a família.
As perdas foram inimagináveis. A tudo suportou. Foi forte como não imaginava que seria.
A vida foi seguindo seu curso. Filhos crescidos, cada um formando seu ninho. Viúva, queria continuar forte.
Mais uma vez, cumpriu seu papel. Ensinou-os a voar. Empurrou-os mostrando o caminho a seguir, garantindo-lhes lugar se fosse necessário voltar.
Antes, alegre, participativa, sempre buscando aprendizados novos, acreditava estar preparada para a fase que se descortinava à sua frente.
Ficou só e não queria dar preocupação ou trabalho aos filhos.
Cercou-se dos animais de estimação que ficaram com ela. Como o tempo começou a pesar, preferiu ficar a cuidar deles sozinha pensando que isso preencheria sua vida. Sempre foi uma pessoa que privou por sua privacidade, embora fosse comunicativa. Não gostava de viver na casa alheia.
Abandonou a pintura, os grupos de convivência que participava na universidade.
Sempre gostou de gente, por isso trabalhava com prazer, embora só tenha descoberto essa característica na meia idade.
 Gosta de ler e por isso acreditou que viver em sua própria companhia era sinal de boa autoestima. Teria os livros, a escrita através da qual exorcizou as dores, o artesanato, o tricô, os cães, a casa para cuidar e filhas e netos por companhia eventual nos finais de semana. No final do ano mais perda de familiares.
Quando perdeu o seu cãozinho favorito no alvorecer do último dia do ano passado, deitado em seu peito, sentiu muito. Já tinha a outra que tinha passado por cirurgia e estava enferma desde a primavera de 2017 vindo a falecer no início do atual inverno. Sentiu-se mais uma vez impotente e fragilizada.
Sempre teve medo do inverno que dependendo do grau de sofrimento que impõe aos idosos os leva para a viagem sem retorno. E este está especialmente frio. Gélido. Impiedoso.
Seu coração deu sinais de fraquejar. Sentia-se sozinha, isolada, triste, mesmo sempre tendo dito que queria ser uma idosa alegre, alto astral e leve.
Seu coração saiu do compasso. Quase extrapolou seus batimentos. Perigo! Foi parar no hospital. Conseguiu sair.
Agora está à espera de exames para saber como será seu futuro. Enquanto isso, reza para observar  a próxima primavera despontar e para a mudança de idade comemorar em novembro.
Tenta estabelecer metas à curto, médio e longo prazo como forma de se fortalecer e ludibriar a doença e o tempo inexorável.
No momento, estabelece um acordo com o calendário natural. Está a enumerar um arrazoado de motivos para convencê-lo e, sobretudo, convencer a si mesmo que merece uma nova chance.

                                        Isabel C S Vargas


TEXTO 55/2018/CLASSIFICADOS POÉTICOS/PERFUME




Classificado Poético
Perfume


Procuro aroma especial e único
que combine frescor,sensualidade espontânea,
capaz de despertar sensações há muito adormecidas.
Será muito apreciado e usado com moderação
para que tenha longa durabilidade.

Isabel C S Vargas
21.07.2018

quarta-feira, 18 de julho de 2018

100 GRANDES POETAS BRASILEIROS /EDIÇÃO 2018


                                                                     

                                                       POETAS JÁ SELECIONADOS


________________________________________________________________ <
 Alberto Magno Ribeiro Montes  (18/04/1953) - Belo Horizonte / MG
Aposentado
Poema: A divina comédia

  André Bauer Custódio (3/09/1950) - Florianópolis / SC
Professor
Poema: Passiflora

 Brás Tenório dos Santos (15/02/1970) - Marília / SP
Analista de sistemas
Poema: Tua recusa

 Fábio Ferraz  (4/08/1943) - São Carlos / SP
Médico
Poema: Ambos

 Francisco José Nascimento  (24/08/1956) - Brasília / DF
Servidor Público Federal - Incra
Poema: Algemas

 Francisco Martins Silva  (10/12/1974) - Uruçuí / PI
Professor
Poema: O sonho de um mendigo

  Isaías Barbosa (27/01/1950) - Curitiba / PR
Servidor público 

Poema: Tua mania

 Isabel Cristina Silva Vargas  (26/11/1951) - Pelotas / RS
Aposentada Serv. Público - Advogada
Poema: Antecipação não pode gerar exclusão

 Ismar Carpenter Becker  (4/06/1952) - Rio de Janeiro / RJ
Professor
Poema: Pêndulo

 Jaídson Gonçalves  (24/01/1985) - Campos dos Goytacazes / RJ
Engenheiro Agronômo
Poema: Tempo de menino

 Jehan Oliveira  (27/05/1983) - Lages / SC
Servidor Público
Poema: Renascer da Pátria

 Joana D'Arque de Freitas  (17/08/1964) - Caçu / GO
Secretária e poeta
Poema: A rua

 José Faria Nunes (7/12/1948) - Caçu / GO
Jornalista
Poema: O poeta e a oferenda

 Josete Maria Vichineski  (11/10/1957) - Ponta Grossa / PR
Professora
Poema: Cantoria na praça

 Marcelo de Azevedo Tojal (25/02/1976) - Rio de Janeiro / RJ
Funcionário público
Poema: Mais um dia

Neuza Maria Rodrigues (28/11/1956) - Cabo Frio / RJ
Contadora aposentada
Poema: Abstrato

Neuza Maria Rodrigues (28/11/1956) - Cabo Frio / RJ
Contadora aposentada
Poema: Abstrato

 Priscila de Albuquerque Lima (11/01/1982) - Rio de Janeiro / RJ
Professora
Poema: E se...

  Rita de Cassia Gimenes  (1º/04/1981) - Florianópolis / SC
Nutricionista
Poema: Entre ela e nós dois

 Romilton Batista de Oliveira  (15/12/1965) - Itabuna / BA
Professor / Doutor em Cultura e Sociedade
Poema: Verso que não retorna à caverna

  Roselena Salgueiro Ruivo (26/08/1954) - Belém / PA
Psicóloga
Poema: de janeiro a janeiro


  Sueli Dutra (15/06/1959) - Florianópolis / SC
Técnico em Contabilidade/Tecnólogo de Nível Superior em Gestão Pública
Poema: Soneto do pescador


  Teca Queiroz (17/05/1969) - Guarulhos / SP
Babá
Poema: A casa azul


  Wagner Gomes (18/09/1972) - Caçu / GO
Microempresário
Poema: Sonhando


 Zilah da Silva Borga (14/07/1954) - Ponte Nova / MG
Professora aposentada
Poema: Falta pouca coisa 

http://www.camarabrasileira.com.br/100grandespoetas2018.html