quinta-feira, 14 de junho de 2018

TEXTO 50/2018/ PEQUENAS INDULGÊNCIAS/ CENTOPÉIA LITERÁRIA

Se demora! É preciso a ventura de ter netos para saber o quão doce pode ser envelhecer com o tempero açucarado de beijos babados,sorrisos desdentados,abraços apertados tão suaves como as nuvens do céu que levam nosso agradecimento por estar viva, aos ouvidos do criador agradecendo o infinito sentimento de eternidade que se desprende de nosso coração enternecido.


Movidos pelas necessidades urgentes,pelos anseios da juventude,passamos boa parte da vida gastando o tempo sem a consciência da preciosidade que é degusta-lo como se faz com o alimento, sorvendo cada minuto como se fosse o ultimo,saboreando a companhia dos afetos mais valiosos,dos companheiros de viagem,sabendo que a vida nos proporciona altos e baixos como se viver fosse surfar nas ondas do oceano que ,sabiamente,nos ensina a viver ora em alta,ora em baixa,para aprendermos a crescer e superar as dificuldades,em um processo de autoconhecimento que nos torna seres humanos melhores, mais evoluídos e resilientes, não lamentando a passagem do tempo,porque ele não se extingue neste plano. Tenho fé que assim seja.


Sonhos, desejos, ambições movem os indivíduos ao longo da vida.Isso tudo em busca da felicidade, desejo maior do ser humano. No percurso encontra alegria, tristeza, sucesso, insucesso, lágrimas, riso, posto que tudo faz parte e tudo é vida. Ao final o que vale é a paz de espírito, a consciência tranquila, o aprendizado amealhado, a obra plantada, os frutos colhidos que são os bens mais preciosos . Como fruto colhido, o amor, o reconhecimento da família, dos amigos, todos que nos acompanharam no desenrolar jornada terrena, determinante da jornada espiritual.

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